domingo, 16 de janeiro de 2011

Virei Toninho

São Paulo 10 de dezembro de 2010.

Oi mãe, antes de qualquer coisa quero dizer que estou morrendo de saudades da senhora e das meninas.

Aqui em São Paulo tudo é muito maior do que imaginávamos quando assistíamos TV. Eles constroem muitos prédios, acho que é porque a cidade não tem mais pra onde crescer sabe, ai eles aumentam pra cima. A senhora ia ficar muito impressionada...
Mãe, a senhora tinha razão mesmo, não tive tantos problemas pra conseguir um apartamento perto da faculdade, e nem para fazer novas amizades.
Os primeiros dias de aula na turma de Engenharia foram legais apesar da cara amarrada dos meus colegas. E tem outra coisa também, são mal educados, só querem saber de encher a cara e azarar (é como eles dizem quando uma pessoa dá em cima da outra, não tem nada a ver com sorte não mãe) a mulherada.
Ah, tem uma coisa que preciso contar pra senhora. Depois de algum tempo me dedicando aos estudos percebi que talvez eu não estivesse no lugar certo, talvez existisse um curso onde as pessoas sorrissem um pouco, ou se interessassem também pelas mulheres da cintura pra cima...
Seguinte mãe, mudei de curso, agora estou estudando pra ser um designer de interiores. É um curso muito empolgante mãe, não poderia ser diferente com um nome desses. As pessoas da cidade grande contratam um designer pra planejar e arranjar suas casas, confiam neles pois eles (os designers) sabem tudo sobre o que é moderno e o que deixou de ser (aqui essa passagem é tão rápida que se eu mandar um vestido moderno pra senhora, quando chegar ai já ficou cafona).
Bom mãe logo estarei indo passar o fim de ano com vocês todas, pessoalmente vou poder contar mais novidades e saber o que acontece de novo por aí. Espero que meu quarto ainda esteja vago rsrsrs (é como se escreve a risada, mãe). Ah mãe, se não for pedir muito, arruma um colchão a mais pra colocar no meu quarto. Vou levar um amigo da faculdade pra vocês conhecerem, ele é muito simpático.

Beijo mãe!

Toninho
(o pessoal aqui não se acostumou a me chamar de Antônio Marcos, ai virei Toninho)

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